PEGA LADRÃO! / NÃO SOU UM CRISTÃO PÓS-MODERNINHO

Não sou um cristão pós-moderninho. Um cristão pós-moderninho adora falar que foi ao show da “banda tal”, que TAMBÉM escuta músicas de cantores e bandas que não são cafonas, apesar de ser cristão, que freqüenta “tal lugar” e está por dentro das novidades de nossa geração. Isso não tem nada de errado. O problema em si é que quem ostenta estar nessa posição, alimenta um amor nojento por uma reputação “crente-descolado-intelectual”. Isso não tem nada a ver com “negue-se a si mesmo.” Não sou um total alienado evangélico ignorante cultural, político e social, mas gente que tenta provar muito pros outros que é legal, tem problemas emocionais e deveria procurar um auxílio pastoral. O pior é quando “ser essas coisinhas” se torna o “ser cristão”. É muito superficial, gente. Isso é muito pouco. Raso ao extremo, tanto quanto uma poça d’água.

Hoje, menos de 1 minuto depois de ter saído de casa, dou de cara com um homem correndo e outro atrás gritando: “PEGA LADRÃO!! PEGA LADRÃO!!”. Congelei. Quando aquele homem passou por mim, alguns correram em sua direção e o derrubaram e eu fui até eles. O ladrão estava imobilizado no chão por um guarda municipal e a vítima do furto o chutava e batia. Por vezes tivemos que pedir ao homem que parasse. O ladrão estava com o rosto sangrando. Em segundos havia uma muvuca à nossa volta. Alguns tiravam fotos – sou um pouco pé atrás com essa coisa de sair em fotos e imprensa. Então me abaixei e me aproximei do homem com o rosto ao chão (wlad: meu rooooosto ao chãããooo...) e perguntei seu nome. Ele pedia que o guarda o soltasse porque seu braço estava doendo, mas certamente não o fez. Eu ainda conversava com ele quando alguém da multidão chutou seu rosto. Uma fúria tomou conta de mim e me manifestei: “O QUE É ISSO?! ME DIZ O QUE É ISSO?! POR QUE FEZ ISSO?!”. O homem logo saiu e não respondeu, mas eu me indignei com aquela situação. Alguns xingavam o criminoso, outros só observavam. Tornei a me agachar e orei com aquele homem pedindo a Paz de Cristo sobre ele, a proteção dos anjos do Altíssimo e que ele conhecesse o Amor do Pai revelado no Filho. Enquanto eu estava ali, a polícia chegou e me despedi e disse: “Amigo, não sei o que vai acontecer com você, mas seja lá pra onde você for, se você chamar a Jesus, ele perdoa qualquer coisa e pode te salvar”. Ele agradeceu e eu me fui.

Eu saí mas enquanto saía, num diálogo com minha própria consciência eu pensei: “poderia ter me manifestado a todos e perguntado quem nunca ali houvesse infringido a lei, nem que fosse ultrapassando o sinal vermelho.” Bem “a la Jesus”. Mas não o fiz. Deus o sabe.

Agora, do fundo do meu coração, eu angustiadamente sei que talvez cristão pudessem estar entre aqueles que gritavam e xingavam e o queriam linchar. Aí eu me pergunto: “ONDE ESTÁ O SER CRISTÃO?! É ESTAR NA MODA?! É IR À IGREJA?! É CONHECER OS TEXTOS BÍBLICOS?!”. Como dizia o maior profeta antes de Jesus: “GERAÇÃO PERVERSA!”. Eu não me torno aqui um fariseu que condena cristãos acomodados, mas não consigo me conformar - por causa da Graça de Deus que é operante em mim – que sejamos tão insensíveis ao que ocorre ao nosso redor. A marca de Jesus era Graça com os de fora (injustos incrédulos), e ferro com os de dentro que estavam se achando muito certinhos em sua maneira de viver. Não estou nem perto do que deveria estar fazendo, eu sei. Mas creio que temos um chamado a testemunhar não só com apalavras de consolo, mas muitas vezes sendo austeramente doces ou severamente confrontadores. Eu sei muito bem o que é ser apático. É exatamente como eu sou, mas não dá pra só sentar e assistir. Nos omitimos demais e em todo o tempo. Se alguém reclama do clima, dizemos: “é verdade, ta muito quente.” Se alguém fala do Rio de Janeiro e da ação da polícia concordamos: “é verdade, né?! Difícil...” em vez de falar que Jesus agiu com Graça com os “traficantes” e com “a máfia” de sua época. NÓS NUNCA NOS POSICIONAMOS A RESPEITO DE NADA!

Precisamos nos livrar dessa impessoalidade que tenazmente nos assedia (Hb 12:1). O único posto de saúde que dispõe desta vacina ANTI-APÁTICA é o trono da Graça e você só entra lá de joelhos, e precisa ir diariamente, se não, não encontra.

Eu te pergunto: Faz sentido eu me irar com essa crentaiada metida e folgada, ou não?! Ser cristão é ter caráter de Jesus, não ser popular-de-Jesus. Faça-me o favor...

A Paz Descomunal de Cristo.

MALDITA AUTOCONFIANÇA

Uma das coisas que mais atrapalha a manifestação de Deus nossa vida é a autoconfiança. Esta está diretamente ligada à sua prevenção e auto-garantia ou auto-providência gerada pela pseudo-consciência de que sua vivência e conhecimento lhe qualificam para andar com suas próprias pernas.

Você, portanto, confia tanto em si que nada confia a Deus, e assim, sempre vive seguro de si mesmo, mas nunca adentra o mistério inseguro da confiança nas repentinas, “inadequadas”, rebeldes, não-normativas manifestações de Deus.

Este é Pedro. Sempre certo do que deveria fazer. Com uma rapidez incrível em sua autonomia para tomar iniciativas que o levavam para onde queria, as quais em sua totalidade eram precedidas por um profundo desejo de expressar sai eficiência na resolução de problemas.

Uma reação rápida nem sempre é causada por alguma situação onde o sangue ferve e se perde as estribeiras, mas também na vontade de ser útil e especial por ser capaz de dar conta do problema.

Quanto mais tempo vivemos mais experiência adquirimos e mais conhecimento absorvemos. Para que usar toda esta sabedoria adquirida com o passar dos anos? Para caminhar tapando os ouvidos e fechando os olhos porque já se conhece o caminho? Para tornar-se mais independente? Para ser maior entre os que te cercam? [Leia 1 Co 3:18-20]

Eis o desafio: toda experiência e conhecimento podem se tornar o seu maior obstáculo se não tornar-se simplesmente chaves que abrirão tua mente para crer em um maior leque de possibilidades da ação de Deus. A única serventia para tuas experiências é aumentar sua fé para te conduzir à crença de que Deus pode trabalhar como quer.

Se não for isso, você se ensoberbecerá, passará a ser mais autoconfiante e caminhará a cada dia mais longe da dependência, suficiência e confiança de Cristo.

Pedro tinha mania de ser pró-ativo. O grande problema é que no Reino, o Grande e Único Pró-ativo só pode ser Jesus. Ele precisa ir à frente. Ele precisa gerar a vida, ele precisa preparar o terreno, ele precisa te dar o aval, “pois sem Cristo, nada podeis fazer”.

Porque em nosso viver “é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse [primeiramente] de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3:4-5)

Em nada nos é possível sermos autônomos e obtermos sucesso. Esta é a escravidão saudável.

É-nos requerida dependência total do Espírito de Jesus de Nazaré.

É total entrega;

É total aguardo na manifestação da vontade e da revelação das pegadas de Jesus;

É adentrar o mistério da espera de algo desconhecido, pois a multiforme graça se revela como o Dono da Graça o quer, mas nunca deixando de ser surpreendente.

Espere pelo desconhecido;

Confie no mistério divino;

Renuncia à sua auto-segurança;

Salte da torre que você construiu chamada autoconfiança, e à queda livre, espera para ver o que o SENHOR posicionou debaixo de você para receber o peso da tua dúvida.

CONFIANÇA CEGA

Oséias 2:14 “Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração”.

O SENHOR tem falado muito ao meu coração sobre confiança.

Quando confiamos não ficamos ansiosos;
Quando confiamos não agimos precipitadamente;
Quando confiamos oramos ao invés de fazermos nossa vontade;
Quando confiamos temos paz;
Quando confiamos temos equilíbrio;
Quando confiamos não pecamos;
Quando confiamos não cobramos quem nos deve;
Quando confiamos não jogamos o velho pecado de estimação na cara de nosso irmã(o), esposo(a) ou filho(a);
Quando confiamos agimos com amor pois é Deus quem traz arrependimento;
Quando confiamos damos 20% de dízimo e as ofertas;
Quando confiamos não somos avarentos;
Quando confiamos evangelizamos; abrimos a boca e pronunciamos o nome de Jesus em meio à roda de descrentes;
Quando confiamos não procuramos culpados para transferir a responsabilidade como fez Adão;
Quando confiamos oramos mais do que falamos;
Quando confiamos levamos o mendigo pra casa e lhe tratamos como Jesus realmente espera que o tratemos;
Quando confiamos não temos medo de servir;
Quando confiamos amamos com tudo o que somos e com todos os nossos bens;

Porque confiar...

É estar pronto pra descobrir o quanto você é miserável e que o fato de você estar ligado a Ele tem um motivo o qual você não será capaz de compreender nesta vida;

É não desejar que ninguém reconheça seu esforço, pois toda a glória é Dele. E isso basta.

Uma vida de confiança no Senhor Jesus é uma vida radicalmente transformada pela verdade de que o Deus Trino te ama e isso é o suficiente para que você obedeça toda a Escritura sem ter que contestar nada.

PORQUE CONFIAR NO SENHOR É SABER QUE O INVERNO PASSARÁ E QUE A PRIMAVERA HÁ DE CHEGAR; QUE TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS, E POR ISSO, NÃO HÁ NADA QUE SE DEVA MUDAR.

http://www.youtube.com/watch?v=QeW0PIVhjek

Quanto Vale Um Binquedo Quebrado? Que Deus é esse?

“Desde a grosseira crueldade dos julgamentos das bruxas de Salém até os dias de hoje com imagens blasfemas e implacáveis de um Deus vingativo, a consciência cristã de muita gente tem sido assombrada pelos terrores de um Deus que não tem piedade, fazendo com que as pessoas duvidem até do que veem. Os cliches, o palavrório e as exortações acerca da necessidade de confiarmos em Deus partem geralmente de crentes nominais que nunca passaram pelo vale da desolação; essa verborragia toda NÃO É SOMENTE INÚTIL, MAS TAMBÉM É PROVA CABAL DE AMARGURA INSACIÁVEL. Somente quem já passou por esse vale, quem já bebeu do cálice do sofrimento, quem já experimentou solidão e alienação existencial da condição humana ousa sussurrar o nome do Santo em face de nossa aflição indescritível. SOMENTE O TESTEMUNHO DESSAS PESSOAS É VÁLIDO; SOMENTE O AMOR DESSA GENTE É DIGNA DE CRÉDITO.

O enorme desafio da confiança é exacerbado para os que se encontram em estado de depressão; para os que estão dentro de um casamento sem amor, insistindo na convivência por amor aos filhos, mas sem ver saída; para os que anseiam por um amigo, mas parecem condenados à solidão, para os que não conseguem fazer florescer nada que lhes chega às mãos; para os que desejam levar uma vida normal, mas se sentem irremediavelmente derrotados por algum vício que não conseguem dominar; PARA AQUELES CUJA VIDA DE FÉ, ORAÇÃO E MINISTÉRIO PARA DEUS COMEÇOU COM ALTOS IDEAIS E COM GRANDE ENTREGA PESSOAL, MAS AGORATUDO PARECE NÃO TER SENTIDO – PESSOAS PARA QUEM A FÉ NÃO MAIS REPRESENTA CONSOLOD E SEGURANÇA, CUJAS ORAÇÕES ESTÃO ENVOLTAS EM TREVAS, CUJOS MINISTÉRIOS SE TRANSFORMARAM EM ROTINA SUPERFICIAL.
Ir às reuniões dos Alcoólicos Anônimos, passar pelos doze passos, falar com meu padrinho, ler a bíblia, orar – tudo isso deu certo para os outros. E por que não funcionou para mim? Sei que jamais ouvirei as palavras: “Muito bem, servo bom e fiel”.

Depois da conversão de Saulo na estrada para Damasco, Jesus disse a Ananias: “... pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9:16). Qualquer pessoa que Deus use de forma especial é sempre profundamente ferida. Não é por acaso que o título de um dos livros de Michael Ford sobre a vida e o ministério de Henri Nouwen é Wounded Prophet [O profeta ferido]. SOMOS, CADA UM DE NÓS, PESSOAS INSIGNIFICANTES A QUEM DEUS CHAMOU E DISPENSOU SUA GRAÇA PARA USAR DE MODO ESPECIAL. Aos olhos dele, os grandes ministérios têm tanto valor quanto os que chamam pouca atenção e não são famosos. NO ÚLTIMO DIA, JESUS OLHARÁ PARA NÓS EM BUSCA NÃO DE MEDALHAS, DIPLOMAS OU HONRAS, MAS EM BUSCA DE CICATRIZES.” BRENNAN MANNING

Mas e o que eu ganho com isso?!

São 23:30h. Acabo de chegar em casa da aula. Mas antes fui surpreendido pelo Eterno. Enquanto eu descia a rua, em direção à minha casa, encontro dois moradores de rua, usuário de crack e me lembro da fala de Jesus em Lucas 6:30 “dá a todo o que te pede”. Começo a conversar com um deles. Abro a carteira. Hoje foi meu dia de pagamento. A nota mais baixa é de 20 reais. Entrego o dinheiro e um deles me diz: “você não sabe como tem sido o meu dia. O Inimigo tava aqui e a gente tava pronto pra roubar alguém”.

Mas eu não quero escrever sobre ação social ou evangelismo. E esse é só o começo da história.

Eu termino de orar com estes dois moços e mais dois caras relativamente bêbados (relativamente hehehe) que estavam no buteco ao lado se achegam perguntando de que igreja eu era e querendo ouvir mais de Deus. Eu acabara de sair de um aula de Teologia Sistemática, uma aula sobre Escatologia (o estudo do fim dos tempos). Ou eu jogo uma teia de aranha de teologia sobre eles, ou eu retomo meu simples pensamento sobre Jesus.

Na verdade as coisas não são complicadas. Quem gostava de complicar tudo eram os fariseus. Estes adoravam criar empecilhos para que outros se achegassem a Deus. Tudo que eu tenho a lhes dizer é que “cagamos” constantemente em nossas vidas, mas que Jesus limpa toda a sujeira e nos dá um banho de paz. Não é preciso, primeiro “consertar a vida” e depois se achegar a Ele. É só chegar até Ele. Ele é quem vai consertar nossas vidas. É simples. Por mais que não nos perdoemos, e que pessoas que amamos não nos perdoem, Jesus nos perdoa quando nos arrependemos.

Talvez aqueles moradores de rua nunca larguem do crack, mas fumem até morrer. Jesus os perdoa.

Talvez aqueles outros dois caras que vieram do boteco nunca abandonem o boteco. Jesus os perdoa.

Tudo que estes precisam é arrepender-se e crerem em Jesus. Jesus não os perdoa se eles pararem de fumar crack, Jesus os perdoa se eles se arrependerem de cada pedra que fumaram.

Esta é a Graça.

Jesus não diz: “dá o todo o que te pede, se este começar a trabalhar e ganhar dinheiro”. Jesus diz: “dá a todo o que te pede, mesmo que este nunca pare de pedir”.

A mentalidade capitalista de lucro nunca foi parte dos ideais do Reino.

“Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.”

Talvez a generosidade seja mais presente em nosso dia-a-dia se começarmos a tratar as pessoas não como elas merecem, mas como Deus nos trata.

O EVANGELHO

O evangelho manda nos esvaziar-nos de nós mesmos.
Nesse exato momento estou pleno de certeza que uma só concessão aos meus desejos me enfraquece como se Clark comece um brigadeiro de Criptonita.
O evangelho manda não se defender.
Quando mais me desculpo, mais longe me coloco de quem eu realmente sou.
O evangelho nos convida a chegarmos como estamos.
Se não me sinto pronto para me achegar e abrir os presentes que o Senhor colocou debaixo do madeiro, isso prova que precisa ser mudada minha auto-imagem vil.
O evangelho me oferece uma companhia real e não-falsificada; não de plástico.
Quando me abro pra desfrutar desta presença, descubro que “tão certo quanto vive o SENHOR” é uma expressão insubstituível, pois não há nada mais certo que isso. Não temos certeza nem que um próximo amanhecer existirá. Talvez o sol não raie outra vez.
O evangelho me traz perdão.
Com o passar do tempo descubro que Deus realmente já me perdoou, mas eu não.
O evangelho me dá uma cruz para carregar.
Possa até parecer pesado, mas maior peso carrega aquele que não se arrepende e não sabe se arrepender.
O evangelho fala da Verdade.
E esta é: “Você é incondicionalmente amado pelo Amado.” Desarme-se e descubra.

4 Gerações

Eu vejo uma geração que quer cagar andando, mas sem sujar as pernas.
Eu vejo uma geração que fala, que faz, mas que tem o coração leproso, porque acha que missão e santidade é fazer ação social e falar mal dos outros crentes porque são religiosos.
Eu vejo uma geração de teologistas (estudantes de teologia, mas sem profundidade) tentando se passar por teólogos, dos quais muitos tentam se passar por cristãos de ombros calejados por carregar a cruz.
Eu vejo uma geração metida à intelectual que não ora e nem escuta a voz de Jesus.
Eu vejo uma geração priorizando a contextualização ao conteúdo a ser contextualizado. E que, por conta disso, perde os princípios e não sabe porque tudo parece tão confuso.

Eu vejo uma segunda geração que canta muito sobre amor, mas só canta...
Eu vejo uma segunda geração que não sabe perdoar o outro crente que enfiou o pé na jaca.
Eu vejo uma segunda geração que não sabe o que quer da vida... por isso nunca progride.
Eu vejo uma segunda geração que só enfeita o fim de semana.

Eu vejo uma terceira geração que foi lançada por Deus no deserto, e enquanto estava lá, decidiu buscar escape na “liberdade cristã”, a qual se tornou libertinagem, e alguns, há anos, ainda sofrem de um profundo sentimento de vazio na escuridão úmida e fria.
Eu vejo uma terceira geração que não agüenta mais viver nas trevas, porque conhece a luz, mas eu sei lá porque, ainda não retornou para o calor e a claridade.
Eu vejo uma terceira geração cheia de potencial, mas que enterrou o chamado e os dons porque ainda persiste em viver dissolutamente.
Eu vejo uma terceira geração que vive sem adorar, mas que não consegue ficar uma semana sem pensar no fato de estar fora do Caminho.

Eu vejo uma quarta geração que sai pra correr atrás do mistério da cruz e se machuca sempre em seus pecados, mas não pára de correr.
Eu vejo uma quarta geração que não sabe amar, mas que se angustia profundamente por isso, então, arrisca.
Eu vejo uma quarta geração que, de tempos em tempos é desiludida, mas sabe que não vale a pena abandonar a trilha.
Eu vejo uma quarta geração que não agüenta mais os moldes e as formas ultrapassadas e cansativas, mas que sangra sua mente e coração porque decide amar acima das grandes diferenças.
Eu vejo uma quarta geração que é exposta a situações ridículas, se submete, e sai refinada.
Eu vejo uma quarta geração que se fecha em tempos de crise, mas que desabrocha em tempos de prima-vera, quando o amigo-Espírito se revela.
Eu vejo uma quarta geração teimosa, que demora a escutar a voz do Mestre.

Eu vejo Jesus amando toda a sua Igreja, igualmente, independente das escolhas feita por ela, mas vejo poucos santos recebendo e acreditando, de fato, nesse amor.
Eu vejo Jesus cuidando de um povo inconseqüente por mais de 2000 anos, e sempre sendo glorificado através dos pobres, indisciplinados, desacreditados e incrédulos.
Eu vejo a única coisa que realmente me importa: o meu Jesus abrindo os braços e sorrindo pra mim.

Eu sinto meu coração rachar porque não sei amar e tenho vergonha de brilhar, de pregar no ônibus, de abençoar e sorrir pras pessoas na rua, de confrontar os libertinos à minha volta.

Eu pranteio ao meu Jesus caçando seu amor e os milagres que Ele preparou pra mim.

THANK'S FOR THE PARTNERSHIP!

Fico pensando, de tempos em tempos, como deve funcionar esse troço de soberania de Deus. Ele parece ser tão misterioso.

Principalmente nos momentos em que as coisas vão mal, ou em que as coisas simplesmente não vão a lugar nenhum. E aí, então, nesses momentos, vêm as perguntas do tipo: “De quem será a culpa? Será minha ou de Deus? Será que eu deveria ter orado mais? Ou talvez esperado algum sinal... Será que Deus quer me ensinar alguma coisa? Ah... talvez eu devesse ter passado por isso mesmo e não houvesse nada que eu pudesse ter feito.”

É difícil rotular os acontecimentos. Talvez seja porque Deus nunca quis que fizéssemos isso. Pelo menos eu nunca vi um mandamento do tipo: “Compreenda tudo o que acontece, principalmente quando as coisas lhe são desagradáveis”.

Isso eu também não entendo direito. E, sinceramente, acho que nunca vou entender. Mas não faz mal, porque quando paro e me lembro das fossas que se passaram, dos momentos de profunda dor, de amarga tristeza e devastadora desesperança, eu simplesmente penso (e penso bem alto): “Deus estava comigo nessa”.

Penso em dores não tão profundas, e em cortes no coração que não deixaram marcas. Mas se começo a pensar nos momentos de obscura solidão e nos dias em que houve um forte sentimento de desamor, pode ser que seja um pouco mais difícil achar prazer.

Penso... Lembro-me... Recordo detalhe por detalhe... E enquanto repenso em como as lágrimas foram na quantidade em que conseguiram deixar um gosto amargo na boca, também sou lembrado pelo Espírito do Mestre, que este mesmo nunca deixou de fazer parte destes momentos! E que o melhor de ter passado por cada um deles é poder afirmar: “Jesus, thank you for the partnership! (Jesus, obrigado pela parceria/sociedade) Tais momentos só nos aproximaram mais ainda! As dores só nos tornaram amigos mais próximos! MUITO OBRIGADO por fazer parte destes momentos! Não os trocaria por nada! Não abriria mão de nenhuma das dores do passado!” E ainda: “MUITO OBRIGADO por cada plano que elaborei que não funcionou! Por cada esperança que falhou! Por cada estratégia onde depositei minhas fichas, mas me fez perder todas elas! MUITO OBRIGADO POR TER ESTABELECIDO LIMITES! Limites que me impediram de dar continuidade às minhas façanhas e sonhos toscos. Obrigado por acabar com minhas ‘festas’!”

Não tenho hoje, maior alegria do que essa: “o testemunho da minha consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, tenho vivido no mundo” [1Co 1:12]

Não me arrependo de ter saído de casa pra tentar viver! Não me arrependo de ter tentado encontrar o Caminho, mesmo que em muitas vezes não O tenha encontrado. Corri muitas vezes, planejei algumas, arrisquei várias, e na tentativa de ter acertado, mas da maneira errado, tenho aprendido a encontrá-Lo. Porém, quando não O encontro pavimentando meu caminho, retorno pra casa, como o filho pródigo que achou que estava andando na direção da satisfação plena. “Agradeço por sempre me trazer de volta oportuno.”

Glórias a Deus.

“Jesus, thank you for the partnership these last 5 years!”

DE OLHOS ABERTOS

Lucas 6:39-40

"Propôs-lhes também uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?

O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

*Se o discípulo achar que ele já está preparado, já está pronto, já cresceu o suficiente, que não tem muito mais para aprender, que o poder de Deus em sua vida já chegou aonde deveria chegar, então ele está cego, e consequentemente, andando com os cegos. Mas se o discípulo tiver consciência de que é menor que o mestre, mas que pode chegar a ser como ele, então o discípulo sonha alto, crê em utopias, viaja, fantasia e então vai sendo mudado porque persevera em sua fé.

"O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

"Ser bem instruído" é não ser instruído por cegos... que não crêem haver muito mais para viver, provar, sentir, entender, crescer, receber do Espírito Santo.

Sejamos discípulos bem-instruídos, que olham para o Mestre e crêem ser possível ser como Ele NESTA VIDA. Carreguemos as utopias em nosso peito, e isso, porque o Quebrador de utopias está presente.

Beijos, amados. PAZ.

Nos Braços de Jesus é o Nosso Lugar

"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" Salmos 46:10 - "Porque os filhos de Israel e os filhos de Judá não fizeram senão mal perante mim, desde a sua mocidade; porque os filhos de Israel não fizeram senão provocar-me à ira com as obras das suas mãos, diz o SENHOR." Jeremias 32:30

Essa é a única coisa que Ele pede de nós: deixa-me conduzir-te.
Porque em nossas mãos existem duas coisas: em uma, um martelo; em outra, um prego. Sempre que agimos, sabemos usar simplesmente estes dois utensílios, porque estão grudados em nossas mãos desde a Queda. Não há como os abandonar, por isso, então, Ele nos convida para deixar que Ele trabalhe por nós, "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera." Isaías 64:4.

Zacarias 4:6 "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito", diz o Senhor dos Exércitos.

Mateus 9:13 "Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores".

Este é o mais incrível e irrecusável convite já feito na História. É um convite ao descanso. Um convite à Graça, o qual proporciona àqueles que aceitam nada além da PLENITUDE DA VIDA.

Esta imagem não é senão a representação da expressão "estar no centro da vontade de Deus".

Ele te entende; Ele te responde

Eu tenho descoberto de que cada anseio dentro de mim, cada pequena angústia por querer estar mais perto dEle; por desejar ouvir mais a Ele; por querer sentí-Lo é algo perceptível a Ele. Isso é suficiente pra me iniciar em uma ligação constante com Ele. Quando eu acordo, já quero recebe-Lo, já quero ouví-Lo, já quero saber o que Ele deseja, e sentí-Lo. Dias atrás me veio à mente: "Hoje eu sei que a grande virtude com a qual Deus me presenteou é a angústia apontada pros Céus quando há ausência do Reino dos Céus".

Ele percebe cada pequeno desejo dentro de nós que O envolve. Nossos impulsos resultantes de uma sede divida envolvem o Trono da Graça onde Ele está assentado. Pode ser que nao consigamos ouví-Lo, mas ele valoriza quando queremos ouví-Lo, E MUITO. São as atitudes/emoções/reações mais simples e pequenas do nosso dia a dia que demonstram a nossa paixão por Ele e a nossa ligação com Ele. É inevitável não pensarmos em o que Ele deseja pra nós, e no fato de que Ele tem algo pra nos dizer e queremos ouvir, isso faz de nós SIMPLESMENTE APAIXONADOS. Se você nao se considera, eu gostaria de lhe informar que se você pensa nEle todas as manhãs quando se levanta e, por mais que tenha dificuldades em escutar Tua voz, você a deseja ouvir: você é apaixonado por Deus.

Mas nao basta somente ser apaixonado por Deus. É preciso aprender a ouví-Lo. É preciso aprender a linguagem de Deus.

Agora saiba, poder ouví-Lo é uma questão de ter um coração quebrantado. Não quebrantamos nosso próprio coração, Ele o quebranta. Nós simplesmente O deixamos fazer partindo do pressuposto de que Ele usa todas as situações mais irritantes e desconfortáveis a você pra fazer isso. Você somente precisa parar de lutar contra as situações nas quais você acha que Deus nao está, e crer que TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS.

Nós amamos a Deus mais do que imaginamos, e Ele fala conosco mais do que O ouvimos.

Ouçamos o que o Espírito diz à Igreja(você).

- By Arthur 90 -