quarta-feira, 25 de agosto de 2010

4 Gerações


Eu vejo uma geração que quer cagar andando, mas sem sujar as pernas.
Eu vejo uma geração que fala, que faz, mas que tem o coração leproso, porque acha que missão e santidade é fazer ação social e falar mal dos outros crentes porque são religiosos.
Eu vejo uma geração de teologistas (estudantes de teologia, mas sem profundidade) tentando se passar por teólogos, dos quais muitos tentam se passar por cristãos de ombros calejados por carregar a cruz.
Eu vejo uma geração metida à intelectual que não ora e nem escuta a voz de Jesus.
Eu vejo uma geração priorizando a contextualização ao conteúdo a ser contextualizado. E que, por conta disso, perde os princípios e não sabe porque tudo parece tão confuso.

Eu vejo uma segunda geração que canta muito sobre amor, mas só canta...
Eu vejo uma segunda geração que não sabe perdoar o outro crente que enfiou o pé na jaca.
Eu vejo uma segunda geração que não sabe o que quer da vida... por isso nunca progride.
Eu vejo uma segunda geração que só enfeita o fim de semana.

Eu vejo uma terceira geração que foi lançada por Deus no deserto, e enquanto estava lá, decidiu buscar escape na “liberdade cristã”, a qual se tornou libertinagem, e alguns, há anos, ainda sofrem de um profundo sentimento de vazio na escuridão úmida e fria.
Eu vejo uma terceira geração que não agüenta mais viver nas trevas, porque conhece a luz, mas eu sei lá porque, ainda não retornou para o calor e a claridade.
Eu vejo uma terceira geração cheia de potencial, mas que enterrou o chamado e os dons porque ainda persiste em viver dissolutamente.
Eu vejo uma terceira geração que vive sem adorar, mas que não consegue ficar uma semana sem pensar no fato de estar fora do Caminho.

Eu vejo uma quarta geração que sai pra correr atrás do mistério da cruz e se machuca sempre em seus pecados, mas não pára de correr.
Eu vejo uma quarta geração que não sabe amar, mas que se angustia profundamente por isso, então, arrisca.
Eu vejo uma quarta geração que, de tempos em tempos é desiludida, mas sabe que não vale a pena abandonar a trilha.
Eu vejo uma quarta geração que não agüenta mais os moldes e as formas ultrapassadas e cansativas, mas que sangra sua mente e coração porque decide amar acima das grandes diferenças.
Eu vejo uma quarta geração que é exposta a situações ridículas, se submete, e sai refinada.
Eu vejo uma quarta geração que se fecha em tempos de crise, mas que desabrocha em tempos de prima-vera, quando o amigo-Espírito se revela.
Eu vejo uma quarta geração teimosa, que demora a escutar a voz do Mestre.

Eu vejo Jesus amando toda a sua Igreja, igualmente, independente das escolhas feita por ela, mas vejo poucos santos recebendo e acreditando, de fato, nesse amor.
Eu vejo Jesus cuidando de um povo inconseqüente por mais de 2000 anos, e sempre sendo glorificado através dos pobres, indisciplinados, desacreditados e incrédulos.
Eu vejo a única coisa que realmente me importa: o meu Jesus abrindo os braços e sorrindo pra mim.

Eu sinto meu coração rachar porque não sei amar e tenho vergonha de brilhar, de pregar no ônibus, de abençoar e sorrir pras pessoas na rua, de confrontar os libertinos à minha volta.

Eu pranteio ao meu Jesus caçando seu amor e os milagres que Ele preparou pra mim.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

THANK'S FOR THE PARTNERSHIP!


Fico pensando, de tempos em tempos, como deve funcionar esse troço de soberania de Deus. Ele parece ser tão misterioso.

Principalmente nos momentos em que as coisas vão mal, ou em que as coisas simplesmente não vão a lugar nenhum. E aí, então, nesses momentos, vêm as perguntas do tipo: “De quem será a culpa? Será minha ou de Deus? Será que eu deveria ter orado mais? Ou talvez esperado algum sinal... Será que Deus quer me ensinar alguma coisa? Ah... talvez eu devesse ter passado por isso mesmo e não houvesse nada que eu pudesse ter feito.”

É difícil rotular os acontecimentos. Talvez seja porque Deus nunca quis que fizéssemos isso. Pelo menos eu nunca vi um mandamento do tipo: “Compreenda tudo o que acontece, principalmente quando as coisas lhe são desagradáveis”.

Isso eu também não entendo direito. E, sinceramente, acho que nunca vou entender. Mas não faz mal, porque quando paro e me lembro das fossas que se passaram, dos momentos de profunda dor, de amarga tristeza e devastadora desesperança, eu simplesmente penso (e penso bem alto): “Deus estava comigo nessa”.

Penso em dores não tão profundas, e em cortes no coração que não deixaram marcas. Mas se começo a pensar nos momentos de obscura solidão e nos dias em que houve um forte sentimento de desamor, pode ser que seja um pouco mais difícil achar prazer.

Penso... Lembro-me... Recordo detalhe por detalhe... E enquanto repenso em como as lágrimas foram na quantidade em que conseguiram deixar um gosto amargo na boca, também sou lembrado pelo Espírito do Mestre, que este mesmo nunca deixou de fazer parte destes momentos! E que o melhor de ter passado por cada um deles é poder afirmar: “Jesus, thank you for the partnership! (Jesus, obrigado pela parceria/sociedade) Tais momentos só nos aproximaram mais ainda! As dores só nos tornaram amigos mais próximos! MUITO OBRIGADO por fazer parte destes momentos! Não os trocaria por nada! Não abriria mão de nenhuma das dores do passado!” E ainda: “MUITO OBRIGADO por cada plano que elaborei que não funcionou! Por cada esperança que falhou! Por cada estratégia onde depositei minhas fichas, mas me fez perder todas elas! MUITO OBRIGADO POR TER ESTABELECIDO LIMITES! Limites que me impediram de dar continuidade às minhas façanhas e sonhos toscos. Obrigado por acabar com minhas ‘festas’!”

Não tenho hoje, maior alegria do que essa: “o testemunho da minha consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, tenho vivido no mundo” [1Co 1:12]

Não me arrependo de ter saído de casa pra tentar viver! Não me arrependo de ter tentado encontrar o Caminho, mesmo que em muitas vezes não O tenha encontrado. Corri muitas vezes, planejei algumas, arrisquei várias, e na tentativa de ter acertado, mas da maneira errado, tenho aprendido a encontrá-Lo. Porém, quando não O encontro pavimentando meu caminho, retorno pra casa, como o filho pródigo que achou que estava andando na direção da satisfação plena. “Agradeço por sempre me trazer de volta oportuno.”

Glórias a Deus.

“Jesus, thank you for the partnership these last 5 years!”

terça-feira, 17 de agosto de 2010

DE OLHOS ABERTOS

Lucas 6:39-40

"Propôs-lhes também uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?

O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

*Se o discípulo achar que ele já está preparado, já está pronto, já cresceu o suficiente, que não tem muito mais para aprender, que o poder de Deus em sua vida já chegou aonde deveria chegar, então ele está cego, e consequentemente, andando com os cegos. Mas se o discípulo tiver consciência de que é menor que o mestre, mas que pode chegar a ser como ele, então o discípulo sonha alto, crê em utopias, viaja, fantasia e então vai sendo mudado porque persevera em sua fé.

"O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre."

"Ser bem instruído" é não ser instruído por cegos... que não crêem haver muito mais para viver, provar, sentir, entender, crescer, receber do Espírito Santo.

Sejamos discípulos bem-instruídos, que olham para o Mestre e crêem ser possível ser como Ele NESTA VIDA. Carreguemos as utopias em nosso peito, e isso, porque o Quebrador de utopias está presente.

Beijos, amados. PAZ.